Conspiradores

Sejam bem vindos ao mais recente instrumento socio-político ocular e palpiteiro para exercer-mos nossa indignação, ideiais ou preencher as horas vagas que as vezes (alguns sempre) tomam nossa vida. Entrem, bisbilhoteiem, leiam, comentem, julguem, conspirem...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Dingombel, matem o Papai Noel!

Dingombel, dingombel, acabou o papel. Não faz mal, não faz mal, limpa com o jornal. Há tempos o natal não tem sido como já foi um dia. As pessoas não tem mais aquele prazer em partilhar esse momento natalino, acolhedor, companheiro e solidário com o seu próximo como já tiveram um dia.

Até o presente se tornou em uma coisa banal, e para não perder aquele prestígio, criaram-se o famoso amigo-oculto em pleno natal.

As pessoas não estão mais amando as outras como antes, não estão perdoando mais como antes, não estão confraternizando mais como antes. Não estão mais sensíveis ao próximo como antes também.

Hoje em dia o natal tem um balanço positivo se tiver aquela TV de plasma bem grandona na sala, e não se aquele primo que não se vê há anos está na mesa ceiando ao nosso lado.

Aquele abraço apertado e bem gostoso de quem é importante para nós não é tão importante como aquela geladeira nova que saiu quase pela metade do preço na liquidação das Casas Bahia.

Tudo tem seu preço. Hoje o consumismo está como nunca esteve antes cegando as pessoas e tirando a sensibilidade de seus corações. O capitalismo ditando as regras. Vendendo felicidade. Vendendo ilusão. Fazendo as pessoas se afogarem em suas tristezas com uma máscara burocrática de auto-realização.

Tudo tem seu preço. Quanto vale sua felicidade? Um micro-system novo ou uma tarde partilhando emoções com alguém especial? Uma ceia de natal, roupas novas e uma festa bombante para a "elite" ou uma oportunidade de partilhar bons momentos com familiares, amigos e aqueles que foram importante na construção de seu caráter ao longo de sua vida.

Desligue essa merda de televisão, compre menos, ou melhor, não compre. Não comemore se não tiver o que comemorar. Não chore com filmes de efeito moral. Não caia nessa falsa magia de natal.

A propósito, alguém quer um abraço?



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