Conspiradores

Sejam bem vindos ao mais recente instrumento socio-político ocular e palpiteiro para exercer-mos nossa indignação, ideiais ou preencher as horas vagas que as vezes (alguns sempre) tomam nossa vida. Entrem, bisbilhoteiem, leiam, comentem, julguem, conspirem...

domingo, 7 de março de 2010

Condenado

E o veredito final o decreta culpado e condenado. Culpado foi por ter sentido, vivido e acreditado em um sentimento tão sublime, e de tão sublime que fostes não poderia ser sentido sozinho, mas necessitava ser partilhado.

Culpado foi por ter tentado partilhar esse momento com quem não poderia suportar tamanho encargo de absorver suas expectativas e transformar todas as excitações e vulnerabilidades em oportunidade para reescrever uma nova realidade concreta, verdadeira e possível.

Culpado foi por ter tentado mostrar que nova vida apaga o passado, sem no entanto, esquecê-lo para fazer julgamentos prévios e acepções de conceitos com base naquilo que o estruturou como indivíduo subjetivo.

Culpado foi por ter guardado todo um tesouro sem ao menos dar esperança aqueles que o procuravam com todas as forças, mas ao contrário, o deu para quem não valorizava tamanha importância e riqueza que estava em suas mãos.

Culpado foi por ter se permitido mais, ter arriscado mais, ter acreditado e lutado mais, ter buscado mais onde não tinha quase nada. Culpado foi por ter alimentado uma esperança utópica e tentado depositar um bem precioso naquele esconderijo inseguro, inconstante e não confiável.

E condenado agora será a sofrer por um período indeterminado por ter sentido, já que sentimentos estavam bem claros para você que só fragilizavam o indivíduo como um todo, e ainda assim quis arriscar.

Condenado será a conformar-se a viver enclausurado em seus sentimentos até que um dia seu coração fadigar-se-á de sofrer e de te suprimir, então encontrará regozijo para a sua alma, e se sentirá novamente livre.

Sentir-se-á livre para viver tudo novamente, para amar, para sofrer, para lutar, para se decepcionar, para conquistar, para ser conquistado, para iludir, para ser iludido, para viver novamente.

Mas até lá, sofrerá as conseqüências de ter amado quem não te amou.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

11 de setembro. Professia?

Então, muitos estavam reclamando que o blog precisava de um assunto realmente muito polêmico. Bom, acho que todos são bastante polêmicos, mas se é assim vejam só este:

Algumas pessoas dizem que o atentado do dia 11 de setembro não foi apenas um atentado como qualquer outro. Mas sim um acontecimento profético. Devido a isso vou passar pra vocês um trecho interessante que está na Bíblia Sagrada, no livro de Daniel, capítulo 8.

E diz assim:

1 No ano terceiro do reinado do rei Belsazar apareceu-me uma visäo, a mim, Daniel, depois daquela que me apareceu no princípio.

2 E vi na visäo; e sucedeu que, quando vi, eu estava na cidadela de Susä (no caso New York) , na província de Eläo (EUA); vi, pois, na visäo, que eu estava junto ao rio Ulai (mar).

3 E levantei os meus olhos, e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha dois chifres (as duas torres); e os dois chifres eram altos, mas um era mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último.

4 Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir (potência econômica americana frente ao resto do mundo); nem havia quem pudesse livrar-se da sua mäo; e ele fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia.

5 E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem "tocar no chäo" (no caso, os aviões que bateram na torre); e aquele bode tinha um chifre insigne entre os olhos.

6 E dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto em pé diante do rio, e correu contra ele no ímpeto da sua força.

7 E vi-o chegar perto do carneiro, enfurecido contra ele, e ferindo-o quebrou-lhe os dois chifres, pois näo havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés; näo houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mäo.

8 E o bode se engrandeceu sobremaneira; mas, estando na sua maior força, aquele grande chifre foi quebrado; e no seu lugar subiram outros quatro também insignes, para os quatro ventos do céu (resposta americana).

9 E de um deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a terra formosa (ataque ao oriente médio).

10 E se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou.

11 E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra.

12 E um exército foi dado contra o sacrifício contínuo, por causa da transgressäo; e lançou a verdade por terra, e o fez, e prosperou.

13 Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visäo do sacrifício contínuo, e da transgressäo assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados? (Até quando durará essa guerra?)

14 E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhäs; e o santuário será purificado.

15 E aconteceu que, havendo eu, Daniel, tido a visäo, procurei o significado, e eis que se apresentou diante de mim como que uma semelhança de homem.

16 E ouvi uma voz de homem entre as margens do Ulai, a qual gritou, e disse: Gabriel, dá a entender a este a visäo.

17 E veio perto de onde eu estava; e, vindo ele, me amedrontei, e caí sobre o meu rosto; mas ele me disse: Entende, filho do homem, porque esta visäo acontecerá no fim do tempo (???).

18 E, estando ele falando comigo, caí adormecido com o rosto em terra; ele, porém, me tocou, e me fez estar em pé.

19 E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; pois isso pertence ao tempo determinado do fim (será que estamos no fim?).

20 Aquele carneiro que viste com dois chifres säo os reis da Média e da Pérsia,

21 Mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei;

22 O ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantaräo da mesma naçäo, mas näo com a força dele.

23 Mas, no fim do seu reinado, quando acabarem os prevaricadores, se levantará um rei, feroz de semblante, e será entendido em adivinhaçöes.

24 E se fortalecerá o seu poder, mas näo pela sua própria força; e destruirá maravilhosamente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os poderosos e o povo santo (Anti-cristo).

25 E pelo seu entendimento também fará prosperar o engano na sua mäo; e no seu coraçäo se engrandecerá, e destruirá a muitos que vivem em segurança; e se levantará contra o Príncipe dos príncipes (Jesus Cristo), mas sem mäo será quebrado.

26 E a visäo da tarde e da manhä que foi falada, é verdadeira. Tu, porém, cerra a visäo, porque se refere a dias muito distantes.

27 E eu, Daniel, enfraqueci, e estive enfermo alguns dias; entäo levantei-me e tratei do negócio do rei. E espantei-me acerca da visäo, e näo havia quem a entendesse.

As palavras entre parênteses são observações minhas. Será isso verdade? Mentira?Viagem? Sensacionalismo? Professia? Ou será uma...

Conspiração???

sábado, 9 de janeiro de 2010

Decepção ou decepções?

Olha eu ai mais uma vez falando do amor. Você pode até estar se perguntando coisas do tipo: "Porque ele é tão radical assim com o amor?" ou "O que o amor já fez com ele pra ele falar desse jeito?" ou até mesmo "Será que o amor é assim mesmo? Ele é louco". E porque não a clássica: "Ele nunca amou de verdade!". Esta última é a preferida da galera.

Bom, na verdade isso não vem ao caso, não vem mesmo. E como disse Miker (Gerard Butler) em "A Verdade Nua e Crua", aliás, um excelente filme, "Um tesão pode durar apenas algumas horas, mas um coração partido pode durar por muito tempo". Meus olhos encheram d'água. A frase é fabulosa, coisa que nem Arnaldo Antunes e Nelson Rodrigues poderiam pensar em seu mais alto grau de inspiração.

Não é muito difícil encontrar por ai pessoas que afirmam que tiveram várias decepções em seus vários relacionamentos. Na verdade isso não passa de uma grande merda. Não se tem várias decepções da mesma forma que não morremos várias vezes.

O que acontece é que essas pessoas tem na verdade várias frustrações em seus vários casos e acasos, não em relacionamentos.

Decepção. Isso é um termo forte e que não pode ser banalizado como se fosse qualquer frustração em hipótese alguma. Decepção só bate em nossa porta uma vez. Uma única vez. E assim como a morte, leva consigo nossa esperança, nossas convicções, sonhos, confiança e também o "amor".

Depois de uma decepção, nunca mais somos os mesmos, enxergamos a vida sem aquela curtina que tenta passar que tudo está perfeito, e deixamos enfim de acreditar que o amor pode transformar tudo ou que tem poder para mudar alguma coisa. Ele deixa de existir.

Uma decepção muda completamente a estrutura comportamental de um ser humano, e em muitos casos, é para sempre. Então logo não é possível uma pessoa ter várias decepções, um indivíduo não aguentaria suportar. Nem um masoquista de carteira assinada poderia fazer tamanha façanha.

Se você acha que já se decepcionou várias vezes, é porque você nunca se decepcionou de verdade. E tente se cuidar para nunca se decepcionar, porque é como uma cicatriz de uma ferida. Com o tempo a dor vai diminuindo, mas a marca nunca some, e sempre estará ali, quer você queira quer você não queira.

Se ainda tiver dúvidas sobre decepção ou decepções, na hora certa você saberá do que estou falando. Mais uma vez falando de amor, que é uma das maiores conspirações contemporâneas desde as obras de Shakespeare até os dias atuais, e uma arma de destruição em massa que faz tantas vítimas como a fome.
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Love to all...


domingo, 3 de janeiro de 2010

Amor?

Sentir o coração bater mais forte, ter arrepios quando ela chega perto, ficar desconcertado quando chega a hora de falar alguma coisa, ficar a noite pensando na mesma pessoa, querer com todas as forças que ela esteja sempre perto de você, sentir o peito arder em ciúmes quando a vê com alguém, e porque não, as vezes chorar por essa pessoa. Para muitos, quase todos, é assim que se denomina o amor.

Karl Marx afirmava que a religião é o ópio da sociedade pelo seu caráter alienador, conformista, opressor e controlador. É claro que ele estava correto em sua análise. Mas esse ópio está dividindo o lugar com outro com características iguais e até mais pragmáticas, que é o amor.

O que tem sido o amor senão uma estrutura de questões e comportamentos envolvidos em um contexto de sofrimentos, traumas, complexos, desilusões, mágoas, angústias, ansiedades e arrependimento onde entre várias pessoas pelo menos uma sai machucada, quando não mais de uma?

Parece que já está virando rotina chorar ou sofrer por alguém. A indústria cinematográfica norte-americana e as telenovelas latino-americanas tem conseguido criar ao longo dos anos uma cultura entre as pessoas de que amor e sofrimento são correlacionados e que todos terão um final feliz naquilo ou naquele em quem almejarem seus objetivos.

Não é de se espantar ver constantemente pessoas personificando o amor ou achando que mais dia ou menos dia um príncipe encantado baterá a sua porta em um cavalo branco para te fazer feliz o resto da vida.

Porque não conseguimos enxergar que a coisa mais patética é ficar sofrendo ou deixar de viver por causa de alguém que não está nem ai para nós? Não faz nenhum sentido sua vida ter mais ou menos graça por causa das ações de alguém.

E é justamente isso que o amor a quais muitos se referem hoje tem feito com muitas pessoas. Tem condicionado a forma pelo quais as pessoas tem se comportado, tem tomado suas decisões, tem encarado a vida de acordo com o andar da barca de terceiros.

O amor não está nas pessoas, mas sim na vida. Não podemos construir nossa filosofia e conceito sobre o amor, ou dá-lo um significado com base em experiências com outras pessoas ou atitudes de quem "amáva-mos".

A melhor definição que achei do termo amor em toda sua totalidade está nas Sagradas Escrituras no livro de 1° Corínthios capítulo 13. E diz mais ou menos assim:

"O verdadeiro amor é paciente, é benigno, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se recente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.


Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba, mas, havendo profecias, desaparecerão, havendo línguas, cessarão, havendo ciência, passará. Tudo passa menos o verdadeiro amor.”

Então. Enquanto não tivermos essa consciência que estamos amando erradamente as pessoas erradas, de uma forma errada e nas circunstâncias erradas, continuaremos tendo o amor como o ópio da sociedade.

Acredito sim no verdadeiro amor. E acredito que se ele pode transformar um homem, ele pode sim mudar o mundo.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Dingombel, matem o Papai Noel!

Dingombel, dingombel, acabou o papel. Não faz mal, não faz mal, limpa com o jornal. Há tempos o natal não tem sido como já foi um dia. As pessoas não tem mais aquele prazer em partilhar esse momento natalino, acolhedor, companheiro e solidário com o seu próximo como já tiveram um dia.

Até o presente se tornou em uma coisa banal, e para não perder aquele prestígio, criaram-se o famoso amigo-oculto em pleno natal.

As pessoas não estão mais amando as outras como antes, não estão perdoando mais como antes, não estão confraternizando mais como antes. Não estão mais sensíveis ao próximo como antes também.

Hoje em dia o natal tem um balanço positivo se tiver aquela TV de plasma bem grandona na sala, e não se aquele primo que não se vê há anos está na mesa ceiando ao nosso lado.

Aquele abraço apertado e bem gostoso de quem é importante para nós não é tão importante como aquela geladeira nova que saiu quase pela metade do preço na liquidação das Casas Bahia.

Tudo tem seu preço. Hoje o consumismo está como nunca esteve antes cegando as pessoas e tirando a sensibilidade de seus corações. O capitalismo ditando as regras. Vendendo felicidade. Vendendo ilusão. Fazendo as pessoas se afogarem em suas tristezas com uma máscara burocrática de auto-realização.

Tudo tem seu preço. Quanto vale sua felicidade? Um micro-system novo ou uma tarde partilhando emoções com alguém especial? Uma ceia de natal, roupas novas e uma festa bombante para a "elite" ou uma oportunidade de partilhar bons momentos com familiares, amigos e aqueles que foram importante na construção de seu caráter ao longo de sua vida.

Desligue essa merda de televisão, compre menos, ou melhor, não compre. Não comemore se não tiver o que comemorar. Não chore com filmes de efeito moral. Não caia nessa falsa magia de natal.

A propósito, alguém quer um abraço?