Conspiradores

Sejam bem vindos ao mais recente instrumento socio-político ocular e palpiteiro para exercer-mos nossa indignação, ideiais ou preencher as horas vagas que as vezes (alguns sempre) tomam nossa vida. Entrem, bisbilhoteiem, leiam, comentem, julguem, conspirem...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Realengo

Muito se te visto e falado nos últimos dias sobre a tragédia que assolou o Rio de Janeiro no último dia 7 de Abril. Um homem de 21 anos entra em sua antiga escola armado e carregado de munição, e começa a atirar em seguida contra os alunos.

A TV usa da sua comoção popular e de técnicas apelativas e sensacionalistas para prender a atenção das pessoas e despertar um sentimento de revolta e fúria com o acontecimento. Mas quem realmente são os culpados dessa história toda?

Eu e você. Sim, nós somos os principais responsáveis por tudo isso que tem acontecido em nossa sociedade ultimamente. Vivemos em uma sociedade fria, sem amor, cheia de desesperos, anseios, angústias, que tem como primazia a intolerância étnica, religiosa, social e comportamental. Uma sociedade onde os interesses ou problemas do próximo não são relevantes, onde os valores estão concebidos naquilo que o outro indivíduo tem para oferecer.

Vivemos em uma sociedade esquizofrênica, e que clama por socorro, que bate a nossa porta pedindo esmolas ou um pouco de atenção, mas insistimos em ignorar o fato de que existe vida inteligente após um palmo do nosso nariz.

Vivemos em uma sociedade hipócrita que erra todos os dias, todas as horas, todos os instantes mas se mantém rígida na punição dos erros alheios. Uma sociedade que não cumpre suas leis, que se acomoda com a corrupção, mas que no entanto se vê no direito de pichar muros e ameaçar famílias em nome de uma “revolta”.

Vivemos em uma sociedade que a cada dia constroe e cria personagens como o jovem Wellington, mas que no final das contas, não conseguem ver o “brilhante” resultado da “grandiosa” obra de suas mãos que vem sendo trabalhada à anos e se inconformam com isso.

Vivemos em uma sociedade que acredita e vive um falso moralismo, onde as coisas são feitas por debaixo dos panos e se uma vem à tona ou estoura, a hipocrisia de uma ética injusta e torpe floresce por toda a opinião pública.

Nós criamos o Wellington, e de certa forma, entramos com ele naquela escola naquela manhã de quinta. Também morremos com aquelas crianças, com cada uma que fechou os olhos ali e não abriu mais, morreu também um pouquinho de cada um de nós. E ainda continuará morrendo se não tomarmos uma atitude radical quanto a isso.

Se realmente queremos fazer a mudança e a transformação acontecer como um todo, é bom começarmos por nós mesmos, deixando essa falsa moral e essa falsa ética de lado, e reconhecer que vivemos, construimos e fazemos parte de uma sociedade doente e que precisa ser tratada.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Você é tão gordo e virgem que defende o socialismo e a liberdade de expressão ao mesmo tempo.

Que porra é essa? Que porra é essa meus amigos? Na verdade foi um comentário que apareceu no meu blog, acho que ontem se não me engano, por um indivíduo que não tem coragem de se identificar e assina como “Conspirando o Caralho de Oliveira Filho”.


Agora, o que isso quer dizer?! Não faço a mínima idéia. Esse foi só mais um comentário de um anônimo qualquer que está seguindo a linha verborrágica de insultos e asneiras por causa de uma crítica que eu fiz a um outro indivíduo que se acha professor por ai, em 2009 diga-se de passagem.


Muitas pessoas (leitores desse blog) me questionaram por que eu deixava esses comentários que só traziam insultos e mostravam um grande desiquilíbrio emocional de quem os escrevia a mostra dentro do blog. Na verdade eu queria que todos vissem o que é realmente essa alienação das comunicações de massa, que defendem o grande monopólio do poder e os interesses de quem os detêm, e tem criado nos últimos 30 anos uma cultura que resulta nessas atrocidades que todos leram ai. Pessoa(s) (anônimas e covardes) que usam em quase todos os casos palavras que visam tentar humilhar o oponente ou tentar desqualificá-lo (como se ser gordo ou ser virgem fosse quesito para ser desqualificado) já que seus argumentos totalmente sem nexo não tem sustentabilidade.


Não vou ficar explanando mais essa situação porque como eu disse, é um assunto que já tem mais de 2 anos e vamos nos focar no atual daqui por diante. Mas lembrem-se disso meus amiguinhos, qualquer que seja a sua postura vai aparecer um zé ninguém (sem identificação) pra chamar vocês de gordos, virgens, porcos, moleques, doentes. Mas não liguem, isso é característica da mediocridade que sempre assolou o caráter e a mente dessa(s) pessoas.


Um grande abraço seus, seus, seus... Feios!

P.S.: Eu usava muito essas coisas quando tinha uns 5 anos.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Panorama do primeiro mês de 2011

Nossa, depois de meses esse blog volta à ativa. Este ano prometo que escreverei com mais freqüência. E nada melhor do que voltar a escrever falando sobre o que está rolando por ai neste início de ano.

Bom, depois de 8 anos no poder o presidente “molusco”, também conhecido como Luís Inácio da Silva, depois incorporando o LULA, sai e da lugar a sua sucessora Dilma Roussef, também do PT, que se diz partido dos trabalhadores.

Com as eleições no final do ano passado, quase todos os cargos do poder foram transitados. E o primeiro ato dos nossos dirigentes foi de cara aumentar o salário, deles é claro, e em 62%. Tiririca, que foi o segundo deputado mais votado da história no Brasil, diz ter “chegado em boa hora”. Para representar os outros palhaços, chamados de brasileiros nas horas vagas, suponho.

Em forte crise econômica americana e com a baixa popularidade, agravado com a perda nas principais eleições estaduais americanas, Barack Obama injetou 1 trilh de dólares em 2 dias nas principais vias bancárias do país, como uma tentativa de “amenizar” a crise. Esse valor é um pouco maior do que o necessário para erradicar a fome no mundo, mas...

Greves gerais na Grécia, França e o levante popular no Egito para a derrubada do presidente que está no poder a 30 anos são assuntos relevantissímos para a discussão do cenário mundial, mas a mídia acha melhor focar nas novas tendências do São Paulo Fashion Week. Fazer o quê? São pontos de vista.

Taxa de desemprego é a menor dos últimos tempos por aqui, mas a inflação é a maior dos últimos tempos também, o que significa que alguém está sugando você por ai.

A passagem aumentou também. Os ônibus melhoraram? A polícia reprimiu com violência manifestantes em São Paulo por reivindicarem o passe livre. A polícia também reprimiu moradores do Capão Redondo, também em São Paulo, por protestarem contra as enchentes que destroem todos os anos suas casas e seus móveis. São não reprimiu os prefeitos que enrolam obras no local há exatos 24 anos.

Em BH, Márcio Lacerda depois de proibir eventos de qualquer tipo na Praça da Estação, a não ser que o evento seja da Coca Cola ou da Globo, e de tentar cancelar o FIT (Festival Internacional de Teatro), agora quer desabrigar moradores para aumentar o estacionamento da Câmara.

Nos EUA Obama teve a brilhante idéia de ter sobre controle todo o conteúdo da internet, para evitar novos problemas como os do caso Wikileaks. Se não sabe o que é jogue no Google antes de ser censurado. Se a censura baixar mesmo, esse pode ser o último post desse blog.

As enchentes tomaram conta do país aqui no Brasil. A falta de investimento e infra-estrutura para o povo resultou novamente em tragédias catastróficas e a TV usou de todo o seu sensacionalismo e poder de comoção para alcançar os picos de audiência que fazem toda a diferença na hora de discutir quem é melhor, Globo ou Record.

O Enem, é claro, deu problemas novamente e as aulas começam mais tarde como era de se esperar. Ainda moramos em um lugar onde se paga 6 tipos de impostos, e não 1 como no resto do mundo.

Mas em Janeiro começou também o BBB 11, e as informações anteriores não tem a mínima relevância para 96% dos brasileiros. Ainda mais quando é dia de paredão. Por quê? Porque aquilo lá “na casa” é que é a realidade. O resto é resto. E no carnaval, vai pra onde?