Conspiradores

Sejam bem vindos ao mais recente instrumento socio-político ocular e palpiteiro para exercer-mos nossa indignação, ideiais ou preencher as horas vagas que as vezes (alguns sempre) tomam nossa vida. Entrem, bisbilhoteiem, leiam, comentem, julguem, conspirem...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Amor?

Sentir o coração bater mais forte, ter arrepios quando ela chega perto, ficar desconcertado quando chega a hora de falar alguma coisa, ficar a noite pensando na mesma pessoa, querer com todas as forças que ela esteja sempre perto de você, sentir o peito arder em ciúmes quando a vê com alguém, e porque não, as vezes chorar por essa pessoa. Para muitos, quase todos, é assim que se denomina o amor.

Karl Marx afirmava que a religião é o ópio da sociedade pelo seu caráter alienador, conformista, opressor e controlador. É claro que ele estava correto em sua análise. Mas esse ópio está dividindo o lugar com outro com características iguais e até mais pragmáticas, que é o amor.

O que tem sido o amor senão uma estrutura de questões e comportamentos envolvidos em um contexto de sofrimentos, traumas, complexos, desilusões, mágoas, angústias, ansiedades e arrependimento onde entre várias pessoas pelo menos uma sai machucada, quando não mais de uma?

Parece que já está virando rotina chorar ou sofrer por alguém. A indústria cinematográfica norte-americana e as telenovelas latino-americanas tem conseguido criar ao longo dos anos uma cultura entre as pessoas de que amor e sofrimento são correlacionados e que todos terão um final feliz naquilo ou naquele em quem almejarem seus objetivos.

Não é de se espantar ver constantemente pessoas personificando o amor ou achando que mais dia ou menos dia um príncipe encantado baterá a sua porta em um cavalo branco para te fazer feliz o resto da vida.

Porque não conseguimos enxergar que a coisa mais patética é ficar sofrendo ou deixar de viver por causa de alguém que não está nem ai para nós? Não faz nenhum sentido sua vida ter mais ou menos graça por causa das ações de alguém.

E é justamente isso que o amor a quais muitos se referem hoje tem feito com muitas pessoas. Tem condicionado a forma pelo quais as pessoas tem se comportado, tem tomado suas decisões, tem encarado a vida de acordo com o andar da barca de terceiros.

O amor não está nas pessoas, mas sim na vida. Não podemos construir nossa filosofia e conceito sobre o amor, ou dá-lo um significado com base em experiências com outras pessoas ou atitudes de quem "amáva-mos".

A melhor definição que achei do termo amor em toda sua totalidade está nas Sagradas Escrituras no livro de 1° Corínthios capítulo 13. E diz mais ou menos assim:

"O verdadeiro amor é paciente, é benigno, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se recente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.


Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba, mas, havendo profecias, desaparecerão, havendo línguas, cessarão, havendo ciência, passará. Tudo passa menos o verdadeiro amor.”

Então. Enquanto não tivermos essa consciência que estamos amando erradamente as pessoas erradas, de uma forma errada e nas circunstâncias erradas, continuaremos tendo o amor como o ópio da sociedade.

Acredito sim no verdadeiro amor. E acredito que se ele pode transformar um homem, ele pode sim mudar o mundo.

3 comentários:

  1. Esse tema é muito suspeito!

    Mas o amor é sim , descritivo e imperfeito. O sentimento a qual a passagem da Bíblia se refere é um setimento que ainda não podemos "rotular" ou definir.

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  2. Claro que é suspeito gutão, por isso é um tema que aflige a sociedade, e está no blog conspiração.

    Mas acho que temos é que redefinir esse sentimento que vivemos hoje. Porque esse sim está longe de ser o amor.

    Valeu pela presença gutão!

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  3. honestamente...
    acho que o amor não é suspeito. è imensurável, isto sim... o verdadeiro amor é, sim incompreesível e é exatamente por isto que nos "encucamos" tanto com este sentimento tão nobre! já não é segredo que o que não dominamos nos assuta e criamos uma resistência... e creio que seja exatamente esta sensação que temos do amor... quando sentimso somos dominados, não dominamos...
    na verdade penso que o amor deve ser discutido, estudado, ensaiado.. mas, como disse sabiamente no decorrer do texto "Não podemos construir nossa filosofia e conceito sobre o amor, ou dá-lo um significado com base em experiências..." Bravo!!

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